quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Guardiões e Justiça Divina


GUARDIÕES E JUSTIÇA DIVINA
“A mão direita de Deus seria a Misericórdia – esta sob as ordens de Maria, a mão esquerda a Justiça – esta sob o comando de Miguel, é composta pelos Exus e Guardiões, no entanto, uma complementa a outra.”
No LE – Parte dois, Cap. I, Dos Espíritos – Ordem dos Espíritos – Segunda Ordem – Bons Espíritos:
“Como espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida os que lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la.”
No ESE – Cap. X Item 4:
“A misericórdia é complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não saberia ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação, sem grandeza; o esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que está acima dos insultos que se lhe pode dirigir; uma é sempre ansiosa, de uma suscetibilidade desconfiada e cheia de fel, a outra é calma, cheia de mansuetude e de caridade.”
No livro Os Guardiões, por Ângelo Inácio, na psicografia de Robson Pinheiro, (página 408 em diante):
“Os Exus ou Guardiões atuam nos entroncamentos energéticos, sob esta ótica, podemos entender que os Guardiões representam o ponto de equilíbrio entre o bem e o mal, a luz e a sombra. Agem de acordo com a justiça, sem pautar pelas noções de bem ou mal, desenvolvidas pelos encarnados... Orientam-se conforme a ética mais ampla e os conceitos cósmicos.”
“Os espíritos que se apresentam como Pomba-Giras ou Bombongiras são agentes de equilíbrio das forças da natureza, mas que se sintonizam particularmente com a emoção e a sensibilidade. Agem de acordo com essa vibração, trabalham nos cruzamentos vibratórios entre a razão e a emoção. Detectam o desequilíbrio e atuam nos processos mais ligados a emoção e a sensibilidade, como família, sexualidade, etc. São a polícia feminina do plano astral.”
Em Samadhi por Ramatis, na mediunidade de Norberto Peixoto, pag. 197:
“Exu é o executor das Leis Cósmicas. Não é bom nem ruim, nem positivo nem negativo. Sendo neutro é justo.”
Fontes:
O Livro Dos Espíritos – 18 De Abril De 1857 (LE)
O Evangelho Segundo O Espiritismo - Abril De 1864. (ESE)
Os guardiões – Trilogia os Filhos da Luz - Médium Robson Pinheiro
Samadhi (2002; co-autora espiritual: Vovó Maria Conga)
Autoria do Artigo: João Eudes Gondim

Goiânia, 15/11/17

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

AS CORES DA UMBANDA


·         Umbanda Original (Zélio de Moraes).
·         Umbanda Omolokô (Umbanda Africanista).
·         Umbanda Sabgrada (Rubens Saraceni).
·         Umbanda Esotérica (W.W. Matta e Silva).
·         Umbanda Iniciática (Rivas Netto).
·         Candomblé Ijexá (o da Bahia).
·         Candomblé Ketu (Yorubá, o mais conhecido e praticado).
·         Efan/Efon (assimilado pelo Ketu).
·         Candomblé Jeje (aquele em que os Orixás são denominados Voduns).
·         Candomblé Angola/Congo (dos Bantus, onde os orixás são denominados NKisis).
·        Candomblé de Caboclo – Denominação usada para identificar qualquer tipo de Candomblé que além de seu culto puro e original, no sentido de seguir as raízes, trabalha também com os falangeiros dos Orixás: Caboclos, Preto Velhos, Erês(Mirim) e outros, como na Umbanda.
·      Omolokô (religião afro brasileira com práticas ritualísticas de Umbanda e Candomblé, originária do Rio de Janeiro).
·         Batuque (o do Rio Grande do Sul)
·         Babaçuê (Influência Jeje/Nagô. Elementos do Batuque e ameríndios)
·   Batuque de Santa Bárbara – Variação do Babaçuê (Cultua-se Iansã e Xangô, como protetores respectivamente de mulheres e homens em geral)
·         Batuque de Mina (variação do Babaçuê, cultua Voduns)
·         Xambá (Olinda Pernambuco)
·         Tambor de Mina (Mina Nagô, ocorre no Maranhão, Piauí e Amazônia, Segue orientação Jeje).
·         Terecô (Variação do Tambor de Mina)
·         Encantaria (Variação do Tambor de Mina)
·         Xangô do Nordeste, Xangô de Recife, Xangô de Pernambuco (Nagô Egbá)
·   Cabula (criada pelos negros mulçumanos e considerada bastante secreta. Mistura elementos do Candomblé e da Umbanda. Ocorre mais nos estados da região Sudeste e Bahia)
·         Entre outras...

No meio de tantas religiões que incluem os Orixás, tem gente ainda querendo exigir que a sua forma é a que tem que ser seguida, cada Casa segue de acordo com as orientações recebidas dos Guias chefes de cada lugar. Se cada um fosse tentar generalizar a sua conduta, seria com certeza uma guerra de opiniões e “certezas”.
Essa variedade acontece devido a pluralidade de espíritos que existem, cada um se adapta a cada forma como compreende Deus. E que na sua Infinita Bondade cria diversos caminhos para se chegar até Ele. Entenda que as orientações recebidas na Tenda são de utilização na Tenda e não uma verdade absoluta e universal. E devem ser respeitadas por aqueles que se dispuseram a participar Dela.

Na TENDA ESPÍRITA SÃO SEBASTIÃO:
Tanto ORIXÁS e EXUS proveem de Deus, mas não são ele, esta forma energética percorre e se faz presente em todo o Universo. Através da Luz de Deus emanada como suas energias, como a luz branca quando em contato com o prisma. Irradia os Sete ORIXÁS e os Sete EXUS.



Órixas






EXUS



Órixa Oxalá
EXU Sete Encruzilhadas
Órixa Yemanjá
EXU Pomba-Gira
Órixa Yori
EXU Tiriri
Órixa Xângo
EXU Gira-Mundo
Órixa Ogum
EXU Tranca-Ruas
Órixa Oxossi
EXU Marabô
ÓrixaYorimá
EXU Pinga Fogo
As cores acima são referentes as cores correspondentes dos Chacras/Orixá/Exu. A utilização das velas na Tenda fogem a esse padrão, e mesmo as cores dos Chacras/Orixá/Exu tem as predominantes e não necessariamente uma cor apenas. As vibrações das cores vão de acordo a sua utilização, na Tenda usa-se Marrom para Xângo e Yorimá; Verde para Oxóssi; Azul celeste para Iemanjá; Amarela para Ogum; Rosa para Yori; Lilás para Espiritualidade Superior; Branca para Oxalá; Preta e Vermelha para Kimbanda.
Em geral:
Oxalá
Iemanjá
Xangô
Ogum
Oxóssi
Caboclos e Caboclas
Yorimá
Preto Velho e Preta Velha
Yori
Mirim
“Nós seres encarnados, expressamos nossa personalidade através de Pensamentos, Sentimentos e Ações. Os pensamentos têm sua sede no Organismo Mental, os sentimentos no Organismo Astral e as ações estão situadas no Organismo Etérico-físico. Por conseguinte, os “Pais-Velhos” atuam no Organismo Mental, as “Crianças” atuam no Organismo Astral e os “Caboclos” atuam no Organismo Etérico-físico”.
“É precisamente isso o que se verifica nos templos de Umbanda. Sem que os consulentes percebam, os “Pais-Velhos” orientam as mentes através de seus conselhos e experiência; as “Crianças” infundem alegria, bom ânimo e felicidade; os “Caboclos” trazem energias positivas dos sítios sagrados da Natureza, para dar saúde, impulso e movimento aos filhos de fé. Resumindo, a tríplice manifestação dos Mestres Astralizados na Umbanda visa trazer Equilíbrio na Mente, Estabilidade no Sentimento e Harmonia nas Ações”.
Homem
Organismo
Sincretismo
Arquétipo
Doutrina
Cosmo
Pensamento
Mental
Pai-Velho
Sabedoria
Tântrica
Luz
Sentimento
Astral
Criança
Amor
Mântrica
Som
Ação
Físico
Caboclo
Atividade
Yântrica
Movimento


EXU e exu
De acordo com Vovó Maria Conga: É um princípio vibratório que obrigatoriamente participa de tudo. É dinâmico e está em tudo que existe. É a força que impõe o equilíbrio às criaturas que ainda têm carmas negativos a saldar. É o exu o executor das Leis Cósmicas. Não é nem bom nem ruim, nem positivo nem negativo. Sendo neutro é justo. A função de exu consiste em solucionar, resolver todos os trabalhos, encontrar os “caminhos” apropriados, “abri-los” ou “fechá-los” e fornecer a sua ajuda e poder a fim de mobilizar e desenvolver junto à existência de cada indivíduo a sua situação cármica, bem como as tarefas especificas atribuídas e delegadas a cada um dos guias e protetores.
Os EXUS originais, agentes mágicos universais, não tem um corpo astral, não são um princípio espiritual encarnante e não se manifestam mediunicamente assim como os Orixás. Os Orixás seriam os positivos e os EXUS os negativos se estivéssemos falando de polaridades energéticas aos filhos. Mas, fora isso, existem entidades que trabalham na linha vibratória de determinados EXUS e, por associação, passaram a ser identificados com esses nomes, assim como os guias e protetores atuam nas linhas vibratórias dos Orixás e são indevidamente tomados como sendo a própria vibração de EXU.
São os genuínos exus da Umbanda que garantem a segurança dos trabalhos; mantêm a organização e a disciplina e são grandes “combatentes” quando em atividades socorristas e de resgates nas organizações malévolas do Umbral inferior. Os espíritos que “baixam” em alguns terreiro dizendo serem exus, galhofeiros; imorais; deselegantes, de vocabulário impróprio, xingando; enfim, tumultuando o ambiente, não são exus, mas espíritos doentes, quiumbas-obsessores, que comparecem ou por invigilância do médium e consulente, ou pela baixa moralidade do grupo mediúnico. Mas essas invasões também ocorrem fingindo-se de Caboclos e Pretos-Velhos, pois esses espíritos são mistificadores e tentam fingir o que não são, em processo de assédio para conturbar os trabalhos
Fonte: Samadhi
Fonte: Umbanda – A proto-síntese cósmica. Autor: F. Rivas Neto
Demais ORIXÁS ou EXUS citados em outras obras ou referências em sites não são seguidos na Tenda, e volto a repetir essa orientação é utilizada para Tenda e não uma verdade absoluta.


sábado, 8 de agosto de 2015

ELEMENTAIS E ATIVIDADES MEDIÚNICAS






Em explicação de Pai João de Aruanda (João Cobú) é possível aprender mais sobre os elementais e suas atuações junto aos grupos mediúnicos.
Foi Wallace quem externou minhas dúvidas:
- Ângelo parece estar curioso a respeito do caso desta nossa irmã - falou, indicando o espírito. – Ele gostaria de saber maiores detalhes a respeito dos elementais e do envolvimento desse espírito com tais forças da natureza.
Sem rodeios, o espírito João Cobú, ou Pai João de Aruanda, como se fazia conhecer, foi direto ao ponto:
- A existência dos elementais, meus filhos, segundo os antigos anciães e sábios do passado, explicava a dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, ou precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.
Minha curiosidade foi aguçada ainda mais. Pai João prosseguiu, demonstrando conhecimento sobre a questão:
- Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
- Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia, é isso que entendi?
- Não, meu filho. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.
- Não entendi...
- Preste atenção, meu filho - continuou o preto-velho. - Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam, segundo suas afinidades.
- Seriam então esses agrupamentos aquilo que você chama de família?
- Isso mesmo! Louvado seja Deus - comemorou Pai João. - Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.
- Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos?
- Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.
- Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas?
- Vamos por parte, meu filho, bem devagar. É bom compreender com profundidade a questão dos elementais para assim entender o comportamento da nossa irmã infeliz - disse Pai João, apontando para o espírito que antes observávamos. - Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma, definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris.
- Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais?
- Eu diria apenas, meu filho, que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa.
- Então eles vivem unicamente na atmosfera?
- Nem todos - respondeu Pai João. - Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.
- E os outros elementais? - perguntei num misto de euforia e curiosidade.
- Vamos com calma, meu filho, vamos com calma - respondeu Pai João. - Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na Umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.
- Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas?
- A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.
- Eu pensei...
- Eu sei, meu filho - interrompeu-me João Cobú. - Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobertam uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.
- E as fadas? Quando encarnado, vi uma reportagem a respeito de fotografias tiradas na Escócia, que mostravam várias fadas. O que me diz a respeito?
- Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.
- Uau! - exclamei. - Nunca poderia imaginar coisas assim...
- Mas não acabou ainda, meu filho - tornou Pai João. - Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e. em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranquilo.
Eu estava atônito. E o pai-velho prosseguia:
- Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.
- E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular?
- Sem dúvida que existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.
Tinha a sensação de que um novo mundo se revelava a meu conhecimento, tamanha a amplitude da ação desses espíritos da natureza. E Pai João continuava:
-Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a reconstituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.
TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO ARUANDA, PSICOGRAFADO POR ROBSON PINHEIRO E DITADO PELO ESPÍRITO ÂNGELO INÁCIO – PÁGINAS 102 A 110. EDITORA CASA DOS ESPÍRITOS